Cláudio Vaz

Cláudio Vaz de Oliveira nasceu em Goiandira, sudeste de Goiás, no dia 10 de janeiro de 1970. Desde sua infância gostava de criar seus próprios brinquedos, carrinhos, trenzinhos, caminhões, utilizando sucatas e outros materiais de modo bastante peculiar. Foi criando objetos e riscando no chão e nos muros do fundo de sua casa que surgiu o gosto e interesse pela arte.

Com 17 anos, em 1987, apoiado por sua mãe, Cláudio Vaz participou na cidade de Catalão, de um curso para iniciantes com professora Alice Dullens de pintura, óleo sobre tela, Paisagem e Natureza Morta. A partir de então, Cláudio foi se interessando e desenvolvendo cada vez mais sua veia artística, adequando seu estilo às suas habilidades e preferências. Assim, passou a pintar suas telas em casa, inspirado nas obras de artistas como Jean-Michel Basquiat, Alfredo Volpi e Siron Franco.

No ano de 1989, Cláudio foi classificado em seu primeiro concurso de esculturas – “Concurso Novos Valores/Casa Grande Galeria de Artes” – Goiânia - GO – apresentando ali peças confeccionadas a partir da reciclagem de sucata de ferro velho, propondo assim um enfoque paradoxalmente urbano e ecológico.

Em 1990 Cláudio foi aprovado no vestibular na Universidade Federal de Uberlândia-MG, onde iniciou o curso de Artes Plásticas. Em 1991, já como artista, participou de um Curso, seguido de exposição, com a Artista Plástica Leda Catunda em Uberlândia - MG e no ano seguinte expôs seus trabalhos no Salão de Arte Contemporânea de Ribeirão Preto - SP e no Salão de Arte de Londrina - PR.

Como não tinha emprego fixo e a consequente estabilidade financeira, o tempo na faculdade era dividido entre as experiências acadêmicas e os trabalhos artísticos que realizava para ganhar algum dinheiro. Nesta época investiu seu talento na elaboração e montagem de vitrines comerciais e na pintura personalizada de camisetas. As encomendas dessas camisetas pintadas à mão aumentaram significativamente, comprometendo a continuidade de seus estudos.

Com isso, em 1993, Cláudio abandonou a faculdade e passou a se dedicar à fabricação de roupas exclusivas, com pinturas à mão, até o ano de 1999, quando a marca de roupas Quadra 93 deixou de ser produzida em escala comercial e o artista passou a se dedicar ao artesanato.

Mas o processo de criação precisava ser aprimorado e intensificado. Assim, no ano 2000 surge a Fábrica, pequena empresa criada para produzir objetos feitos a partir de MDF, recortados à mão e com montagem com encaixes de fios de alumínio dobrados. Desde então, foram produzidos porta-retratos, porta-lápis, caixinhas, letrinhas, dentre diversos objetos fabricados artesanalmente e pintados à mão.

Nesse percurso o lado artístico nunca deixou de existir, suas pinturas não ficaram de lado e à medida que uma obra surgia, já era imediatamente presenteada a algum amigo. O que fez a obra deste artista percorrer caminhos mais distantes, mesmo que longe do público, se mantendo restritas apenas à coleções particulares.

A pintura contemporânea de sua obra propõe uma reletirua do estilo Pop Art, e é caracterizada pela reprodução de temas relacionados ao consumo, publicidade e estilo de vida, sempre representadas com a utilização de cores quentes, intensas e vibrantes. Como matéria prima utiliza principalmente óleo sobre tela, acrílico sobre tela, acrílico sobre lona, colagem de elementos e silk screem.

Atualmente, Cláudio se mantém dedicado ao artesanato e à pintura de suas telas.