Gonzalo Torres
Residência:
Santos - SP
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E-mail:
Fone:
(13) 98136-4656
Artista da galeria desde
mai.
2024
Idade:
idade
Biografia
Muitos artistas têm utilizado a arte como forma de retratar a realidade das pessoas em situação de rua, mostrando as dificuldades enfrentadas por elas e buscando sensibilizar o público para a questão. Em 2010, Gonzalo expôs "Fragilidades Urbanas", em que reproduziu imagens de pessoas em situação de rua em vários pontos da cidade de Santos. A obra tinha como objetivo dar visibilidade aos moradores de rua e provocar uma reflexão sobre a desigualdade social. Mostrava pessoas sem rosto, mas carregados de histórias, buscando dar voz e visibilidade a essa população invisível. E esse processo de pesquisa ainda continua, como um andarilho um Baudelaire da contemporaneidade. Gonzalo nasceu em 1976, em Santa Rosa de Viterbo, na Colômbia. Possui formação acadêmica na Colômbia e na Suíça pela Escola de Artes Visuais Pierre Moor e pela Oficina L’arrêté Creation, ambos em Yverdon-Les-Bains, além de outros cursos em artes visuais e arte terapia. Participou de exposições coletivas e individuais na Suíça e na Colômbia, expôs em diversos museus, galerias e espaços expositivos, como o Museu de Arte Sacra e a Pinacoteca Benedito Calixto, em Santos, no Espaço Cultural Unesp, em São Paulo e na Casa da Cultura da América Latina, em Brasília. O país em que Gonzalo nasceu e se formou tem uma tradição literária rica, com autores como Gabriel García Márquez, Nobel de Literatura, e outros escritores reconhecidos mundialmente. A arte também é uma parte importante da cultura colombiana, com artistas como Fernando Botero, conhecido por suas figuras volumosas e caricatas. A Colômbia é conhecida por seus festivais coloridos e animados, que celebram diferentes aspectos da cultura local. Alguns dos mais conhecidos são o Carnaval de Barranquilla, a Festa de Flores de Medellín e a Feira de Cali. A religiosidade é um aspecto importante da cultura colombiana, com a grande maioria da população sendo cristã, principalmente católica. Muitas cidades têm suas próprias tradições religiosas e celebrações, como a Semana Santa em Popayán. Gonzalo se refugiou para Brasil , por conta de conflitos colombianos — um dos mais antigos da América Latina, decorrente da disputa pelo poder entre liberais, conservadores e socialistas; além de grupos paramilitares, os traficantes e os guerrilheiros de esquerda, como as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e o Exército de Libertação Nacional (ELN), lutando entre si para aumentar sua influência em território colombiano. Hoje, no país, firmou-se um acordo de paz entre o governo e as FARC, que previa principalmente o desarmamento, e anistia aos guerrilheiros. Em 10 de Abril de 2017, o registro das armas foi concluído em conjunto com a Organização das Nações Unidas. Ao chegar no Brasil em 2010 se estabeleceu em uma Igreja, local onde funciona uma ONG internacional para auxiliar os marinheiros. Gonzalo, que fala cinco línguas , foi contratado para esse auxílio, trabalhando até hoje nesse local. Casou-se com uma brasileira e vive em Santos com cidadania brasileira. Com muita influência estética europeia em sua formação acadêmica, com tendências artísticas internacionais, mas com um toque local colombiano, seu trabalho ganhou figuras volumosas e cores vibrantes; às vezes com cores baixas, mas o vermelho sempre presente em sua paleta. Nos últimos trabalhos, mais especificamente para essa mostra “Rosto sem identidade”, Gonzalo passou a inserir no fundo de tela o branco; às vezes até parecem esboços de uma pintura, mas as características colombianas nos traços não desapareceram. O trabalho do Gonzalo nos faz pensar onde estamos, já que mesmo com suas tradições estéticas voltadas para euro centro , ele consegue desviar nosso olhar para experimentar , “sentir que algo inelutavelmente nos escapa, isto é : quando ver é perder. Tudo está aí”1.