Dor Rohingya (Myanmar)
Artista: Tathy Zimmermann
Nanquim e Pastel seco sobre papel
Série: Mater Dolorosa
Altura 28 cm x Largura 20 cm
Ano da obra: 2022
Peça única 1 de 1
Local atual da obra: Curitiba-PR
A artista aceita pagamentos por PayPal e PIX.
Envio aproximado em 2 dias.
Desde 1948, Myanmar passa por longos períodos de guerra civil, golpes de Estado, atentados terroristas, com poucos momentos de paz nessas últimas décadas. Atualmente, o país passa por mais uma guerra civil e pela perseguição e genocídio da etnia Rohingya. A dor desse povo precisa de visibilidade, sendo portanto, parte da série Mater Dolorosa que se propõe a uma reflexão sobre o arquétipo da mãe, sua capacidade de amar incondicionalmente e sua dor ao ver o sofrimento dos filhos. Inspirada na imagem da mãe de Jesus Cristo, na representação da Virgem das Dores, que dá o nome da série, a série busca representar mães em várias situações de risco, guerras, sofrimento ou vulnerabilidade, em regiões do mundo nos dias atuais.
O processo envolvido na produção dessa série tem relação com a História atual do mundo, esse momento tão difícil de transição no qual não sabemos mais em quais paradigmas nos apoiar. Mudanças climáticas, tecnologias se inovando de forma cada vez mais acelerada, exploração de outros planetas e ao mesmo tempo, o esgotamento dos recursos naturais. Essa situação que traz uma angústia e ao mesmo tempo um retorno para dentro de si mesmo, buscando entender as questões ancestrais, os conflitos étnicos, religiosos, territoriais, políticos e econômicos que explodem pelo mundo.
Dessa forma, a série Mater Dolorosa procura dar visibilidade para as dores pouco abordadas pela mídia tradicional, procurando mostrar que no mundo hoje existem muitas regiões em guerra, mas que também há “guerras” onde o inimigo não é palpável – a fome, a intolerância, o desrespeito, os preconceitos ou a própria estrutura da sociedade.
Ao abordar as dores dessas mães representadas nas obras da série, busca-se também refletir sobre os conflitos que estão muito próximos – “guerras” internas e pessoais: desconforto, ansiedade, angústias, medos e insegurança por estar vivendo uma época de transformações tão rápidas e ainda sem solidez – questões que podem estar dentro das casas, nos bairros, nas cidades.