Geologia do Silêncio

Artista: FABIANO SAGGIORO
Instagram: @fsaggioro.art
Whatsapp: (16) 99252-8366
Material suporte da obra: 
Aquarela
Altura 21 cm x Largura 29,7 cm.
Ano da obra: 2024
Local atual da obra: Ribeirão Preto - SP
O artista recebe pagamentos por: Pix.
Envio aproximado em até 10 dias úteis.
Envio por conta do comprador. 
 
Descrição da obra pelo artista:
 A obra de F. Saggioro nos conduz a uma paisagem silenciosa e densa de significados, onde céu e terra se entrelaçam em um equilíbrio entre movimento e permanência. A composição evidencia um domínio técnico apurado que respeita tanto a fluidez do pigmento quanto a firmeza do traço. Neste cenário de vastidão e quietude, grandes rochas habitam o primeiro plano como guardiãs de uma temporalidade geológica, em contraste com o céu fragmentado por nuvens azuladas, que parecem dissolver-se em constante mutação. A vegetação ao fundo, sutilmente agrupada, confere escala e perspectiva à cena — recolhida, diante da força imutável do tempo mineral. A escolha da paleta fria — verdes diluídos e azuis etéreos — reforça a atmosfera contemplativa. O olhar do espectador é guiado por diagonais que o convidam a atravessar a planície e alcançar a linha de árvores distantes, estabelecendo um percurso visual que é, também, um percurso interior. A ausência de figuras humanas amplia a sensação de intemporalidade e convida à meditação sobre o espaço natural como lugar de memória e suspensão. A obra propõe uma leitura simultaneamente topográfica e sensível: é um território concreto, mas também mental. Entre a pedra e o céu, o artista constrói um lugar de pausa — onde a contemplação do mundo exterior se funde à introspecção. Este trabalho faz parte de uma investigação visual mais ampla do artista sobre o tempo e a paisagem, onde a técnica da aquarela, com sua leveza e transparência, é usada como linguagem para falar de densidades invisíveis. Watercolor - "Geology of Silence" - F.Saggioro 2024 F. Saggioro’s work leads us into a silent landscape, rich in meaning, where sky and earth intertwine in a delicate balance between movement and permanence. The composition reveals refined technical mastery, honoring both the fluidity of pigment and the firmness of line. In this setting of vastness and stillness, large rocks occupy the foreground like guardians of geological time, standing in contrast to a fragmented sky filled with bluish clouds, seemingly dissolving in constant change. The background vegetation, subtly clustered, gives scale and perspective to the scene — subdued in the face of the unchanging force of mineral time. The choice of a cool palette — diluted greens and ethereal blues — reinforces the contemplative atmosphere. The viewer’s gaze is guided by diagonals that invite one to cross the open plain and reach the distant tree line, creating a visual journey that is also an inner one. The absence of human figures amplifies the sense of timelessness and invites meditation on the natural world as a space of memory and suspension. The work proposes a reading that is both topographic and sensitive: a concrete territory, but also a mental one. Between stone and sky, the artist constructs a place of pause — where contemplation of the outer world merges with introspection.